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Encontro
O encontro em formato presencial e on-line, reuniu líderes mundiais, CEOs, ONG e outras figuras para discutir questões
globais como o clima, a pandemia de covid-19 ou a transição digital.
O Presidente francês Emmanuel Macron presidiu a sessão sobre os direitos das crianças que contou com a presença da
CEO do YouTube, Susan Wojcicki, e do vice-presidente sênior da Amazon, Russel Grandinetti.
“Temos de regulamentar os conteúdos e as ferramentas de autorização para que uma criança de 8, 10 ou 15 anos não
possa estar exposta a todos os conteúdos sem regras”, assinalou o chefe de Estado de França.
E frisou que estas medidas devem ser feitas por meio do controle dos pais e instalando definições padrão em
algumas ferramentas, defendendo ainda a necessidade de educar as crianças para os riscos das redes sociais.
Macron, Harris, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, e o primeiro-ministro canadense, Justin
Trudeau, também participaram de outra conferência sobre a regulamentação do domínio digital, na qual participou o
presidente da Microsoft, Brad
Smith.
Os defensores dos direitos das
crianças há anos que apelam
para que os gigantes
tecnológicos da Internet
tomem medidas para proteger
melhor os mais novos.
Revelações
As revelações no mês passa-
do da ex-funcionária do
Facebook, Frances Haugen,
que trouxe ao
conhecimento público estudos
internos daquela empresa
sobre os danos do Instagram Crédito: Pixabay
em adolescentes, intensificaram as preocupações dos pais sobre aquela aplicação de compartilhamento de
fotos e vídeos.
A responsável da ‘E-Enfance’, um grupo que defende a proteção das crianças na Internet, Justine Atlan, que
participou do fórum, salientou que por mais ferramentas que se construam “todas essas funcionalidades são inúteis
porque as crianças mentem sobre sua idade”.
“Para mim, esse é o grande problema. É por isso que acho que temos de trabalhar todos juntos e encontrar soluções”,
afirmou.
Já Nora Fraisse, responsável pela associação francesa de luta contra o bullying nas escolas ‘Marion La Main
Tendue’, criada após a sua filha ter cometido suicídio aos 13 anos porque era assediada na escola, elogiou este
“momento-chave” que coloca “pressão internacional” sobre os gigantes da Internet.
Num estudo nacional, encomendado este ano por aquela associação, é demonstrado que a proporção de pessoas que
tentaram suicídio é maior entre as crianças vítimas de bullying na escola (12%) do que na população em geral (7%).
(Por Multinews)
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